Acessibilidade, o que é isso?

 Muito se tem falado no termo acessibilidade atualmente, comerciais televisivos divulgam a campanha nacional pelo direito de acesso aos portadores de necessidades especiais limitantes, sejam elas temporárias (gestantes, mães, com bebes em carrinhos, acidentados, utilizando órteses como muletas ou cadeiras de rodas) ou definitivas (como o caso dos paraplégicos, e outras limitações físicas). Desde o ano de 2000 existe uma lei a nível federal assegurando a acessibilidade de todo cidadão.

A LEI N^o 10.098, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000 :  Esta Lei estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, mediante a supressão de barreiras e de obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios e nos meios de transporte e de comunicação.

A nós, enquanto igreja cabe pensar no que diz respeito a espaços públicos, visando não somente o cumprimento de uma lei, mas promovendo enquanto Cristãos a integração social de forma completa de pessoas muitas vezes discriminadas. Vamos analisar o capitulo e artigos, dessa Lei que dispõem sobre espaços públicos:

CAPÍTULO IV

DA ACESSIBILIDADE NOS EDIFÍCIOS PÚBLICOS OU DE USO COLETIVO

II – pelo menos um dos acessos ao interior da edificação deverá estar livre de barreiras arquitetônicas e de obstáculos que impeçam ou dificultem a acessibilidade de pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida;

IV – os edifícios deverão dispor, pelo menos, de um banheiro acessível, distribuindo-se seus equipamentos e acessórios de maneira que possam ser utilizados por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade reduzida.

Art. 12. Os locais de espetáculos, conferências, aulas e outros de natureza similar deverão dispor de espaços reservados para pessoas que utilizam cadeira de rodas, e de lugares específicos para pessoas com deficiência auditiva e visual, inclusive acompanhante, de acordo com a ABNT, de modo a facilitar-lhes as condições de acesso, circulação e comunicação.

Diante disso podemos analisar a começar pelo templo local se tudo isso tem sido realizado pelas igrejas, de modo a facilitar a acessibilidade das pessoas com necessidades especiais que porventura queiram nos visitar ou fazer parte de nossa igreja. O acesso ao templo deveria dispor de rampa para o acesso de carrinhos de bebes, e pessoas que fazem uso definitivamente ou temporariamente de cadeiras de rodas, pelo menos um dos banheiros deveria localizar-se no térreo, e ter tamanho ampliado, bem como barras de apoio próximo ao assento sanitário e pia, e dentro do templo locais apropriados para cadeirantes garantindo um espaço suficiente para sua movimentação.

Na verdade, nada disso acontece em nossa realidade local. E raramente observamos isso nos demais templos, é hora de começar a pensar na acessibilidade e na inclusão social dessas pessoas como algo necessário e importante, divulgando essa idéia e trabalhando para que nossas igrejas possam ser acolhedoras a todos sem distinção.

                    Por

Olivia Reinoso G. Neto

Fisioterapeuta

Igreja Batista Indepedente